O dia amanheceu com a retomada das aulas nas escolas públicas e a reabertura de postos de saúde e farmácias de alto custo. Os caminhoneiros continuam estacionados ao longo de rodovias federais que cortam a capital – o que não atrapalha o fluxo de veículos.

Veja os principais reflexos da paralisação no Distrito Federal:

Combustíveis

Até as 8h30, a Polícia Militar – que faz a escolta dos caminhões carregados de combustíveis – ainda não divulgou balanço das operações nesta terça-feira (29). A reportagem da TV Globo viu ao menos cinco deixarem o terminal de abastecimento, todos eles escoltados.

Até esta segunda (28), dos 320 postos da capital, 30% foram reabastecidos desde sexta-feira.

Entre sábado (26) e segunda (28), 550 caminhões foram liberados para reabastecer postos de gasolina. O GDF fala em 10 milhões de litros de combustível distribuídos em toda a capital.

Também falta gás de cozinha no DF. O sindicato diz que a situação só será normalizada no fim da semana. O GDF afirma que vai “está providenciando” a escolta de caminhões que transportam botijões.

• Os ônibus e o metrô funcionam normalmente nesta terça (29). Segundo o GDF, os ônibus estão com os “tanques cheios” e isso será suficiente para para garantir o transporte de passageiros até quarta (30).
• De acordo com a demanda, o metrô pode estender o horário de funcionamento em uma hora a mais pela manhã e a noite. Em dias de semana, ele funciona das 6h às 23h30.
• • As faixas exclsuivas de ônibus da EPTG e da EPBN foram liberadas até a meia-noite para carros de passeio.

  Bloqueios

  • O Ministério Extraordinário da Segurança Pública passou a unificar os balanços de bloqueio das rodovias federais na noite de segunda-feira (28). Em função disso, as atualizações em tempo real da Polícia Rodoviária Federal não estão mais ocorrendo.
  • • A última informação, divulgada às 22h de segunda, é de que não havia bloqueio nas rodovias federais que cortam a capital. Naquele momento, havia protestos sem retenções de carros ou caminhões nos seguintes locais: km 57 da BR-020, em Planaltina; kms 13 e 30 da BR-060, no Recanto das Emas e no Gama; km 14 da BR-070, em Ceilândia; e km 39 da BR-080, em Brazlândia.

    Aeroporto de Brasília

    • Até as 9h30 desta terça (29), três voos haviam sido cancelados no Aeroporto de Brasília por falta de combustível – dois tinham a capital como destino e o outro, como ponto de partida.

    

    • A Inframérica, que administra o aeroporto, ainda não havia divulgado o estoque de combustível. Nesta segunda (28), a unidade recebeu 35 caminhões-tanque abastecidos com 570 mil litros de querosene para avião (QAV).
    • Um comboio de 15 caminhões-tanque carregados de QAV está vindo da refinaria Gabriel Passos, em Betim (MG), para abastecer o aeroporto. Eles estão sendo escoltados pela Polícia Rodoviária Federal e pelo Exército.
      • Desde o desabastecimento do aeroporto, na sexta-feira (25), 148 voos (entre pousos e decolagens) foram cancelados.

      Alimentação

      • • Na Ceasa-DF, há relatos de desabastecimento de frutas como laranja, banana, melancia, pera e maçã. A central recebeu, nesta segunda (28), somente 35% dos caminhões que costumam chegar no primeiro dia de cada semana. A previsão é de que, após o fim das manifestações, o abastecimento seja retomado em até 8 dias.
          

          • Itens frescos de hortifrúti também começaram a faltar em supermercados e feiras. Produtos secos e não perecíveis ainda são encontrados com facilidade em grandes redes, geralmente sem aumento no preço.
            • De acordo com o Sindicato dos Supermercados do Distrito Federal (Sindsuper-DF), os mercados precisarão de 2 a 3 dias para repor todo o estoque quando a paralisação for encerrada.
            

            • Já o Sindicato do Comércio atacadista do DF (Sindiatacadista) disse que o setor tem estoque para abastecer a cidade por até 30 dias. No entanto, produtos novos não estão chegando às prateleiras.
            • O comércio de bebidas está “sob controle”, segundo o Sindicato do Comércio Atacadista de Álcool e Bebidas em Geral do DF. A explicação é que as grandes distribuidoras têm abastecimento próprio de combustíveis e, por isso, continuam suprindo o mercado.
              • Restaurantes do DF diminuíram o tamanho do cardápio e a variedade de opções oferecidas aos consumidores. O prejuízo do setor é de mais de 20% do faturamento mensal, segundo a associação que o representa.
              

              • Os postos de saúde e as Farmácias de Alto Custo serão reabertos nesta terça (29), segundo o GDF. Os hospitais também devem voltar a fazer consultas ambulatoriais – aquelas pré-marcadas, fora da emergência.
                • Já as cirurgias agendadas seguem suspensas por tempo indeterminado. A circulação de ambulâncias do Samu também segue restrita ao atendimento de urgências e emergências.

                Educação

                • As aulas da rede pública devem ser retomadas nesta terça-feira (29) por determinação do governador Rodrigo Rollemberg (PSB). O calendário escolas havia sido interrompido na última sexta (25) em razão da falta de combustíveis – que, segundo Rollemberg, já começou a ser resolvida.
                  • As instituições de ensino superior decidiram retomar as atividades acadêmicas – é o caso de Universidade Católica, UniCeub, Iesb e Anhanguera, por exemplo.

                  Coleta de lixo

                  

                  O Serviço de Limpeza Urbana (SLU) deve retomar a escala normal nesta terça (29). Até então, a coleta de lixo nas regiões em que o serviço é diário estava sendo feita de forma alternada. Apenas o Plano Piloto mantinha o recolhimento todos os dias.

                  Tags:Greve, Greve dos Rodoviários